Festival de Cinema de Jaguarão inicia nesta quarta (12) com quatro dias de programação

Primeira edição do evento contará com mostras competitivas de curtas-metragens regionais e latino-americanos, além de debates e palestras sobre o cenário audiovisual

A partir desta quarta-feira (12) Jaguarão respira cinema e se destaca na rota das produções audiovisuais. A cidade, que faz fronteira com a uruguaia Rio Branco, sediará seu primeiro Festival de Cinema, iniciativa que reunirá curtas-metragens brasileiros e latino-americanos. A programação se estende até sábado (15), reunindo cineastas, críticos, pesquisadores e o público em geral. 

Com o tema “Um rio que nos une”, o Festival destaca o território fronteiriço como espaço de convivência cultural e circulação de narrativas. Realizado no histórico Theatro Esperança, o evento terá duas mostras competitivas: a Regional, com oito filmes, dedicada ao cinema produzido no Rio Grande do Sul, e a Latino-Americana, com dez selecionados, que amplia o olhar para realidades, poéticas e questões sociais de todo o Brasil e demais países do continente.

Além de exibições gratuitas, o Festival será um espaço de formação e debate. A programação inclui mesas temáticas, masterclasses, oficinas, além de encontros com realizadores.

Para a produtora executiva do Festival, Renata Wotter, o grande número de obras inscritas evidencia o potencial do cinema gaúcho, brasileiro e de países vizinhos. “Foram quase mil inscritos para as duas mostras, um desafio para que chegássemos a essa seleção de 18 obras. Estamos felizes em ver que a produção de filmes está ocorrendo em diferentes lugares, inclusive fora dos grandes centros, o que consolida nossa proposta de um evento que reforça a diversidade do cinema do Rio Grande do Sul e da América Latina”, avalia.

Homenagens

Nesta primeira edição, o Festival de Cinema de Jaguarão presta homenagem ao ator Clemente Viscaíno, reconhecido por sua trajetória no cinema, no teatro e na televisão brasileira. De acordo com Alexandre Mattos Meirelles, que assina a direção artística do evento com Chico Maximila, a carreira de Clemente é marcada por personagens que atravessaram gerações. “Ele é uma referência artística, um símbolo de talento e resistência”, declara.

Outra forma de homenagem importante do evento está no reconhecimento aos melhores filmes. Os premiados nas nove categorias técnicas (filme, direção, atriz, ator, direção de arte, direção de fotografia, roteiro, montagem e trilha sonora), além daquele escolhido como melhor filme pelo júri popular, receberão o Troféu Uma Terra Só, inspirado no escritor Aldyr Garcia Schlee. “Nada mais simbólico do que um prêmio que tenha como essência esse conceito de espaço universal onde o Rio Grande do Sul fortalece sua verve latino-americana”, observa Chico. Os vencedores também integrarão uma mostra itinerante em escolas e universidades de nove cidades brasileiras e uruguaias da fronteira, ampliando o impacto sociocultural do evento.

O Festival de Cinema de Jaguarão é uma realização da Sociedade Independente Cultural (SIC) com financiamento pela Lei Paulo Gustavo, por meio do Edital 14/2023. A produção executiva é de Renata Wotter, direção artística de Alexandre Mattos Meireles e Chico Maximila e coordenação local de Santiago Passos. A assessoria de imprensa é da agência Satolep Press, com o design de Valder Valeirão e Ana Júlia Freitas, que também assina a gestão de redes sociais. 

PROGRAMAÇÃO

12 a 15 de novembro – Theatro Esperança

12/11 – Quarta-feira:


16h – Masterclass: Produção Audiovisual (Beto Rodrigues)
19h30 – Abertura Oficial – Mostra Clemente Viscaíno
20h – Mostra Clemente Viscaíno:

O Jogo (Alexandre M. Meireles e Chico Maximila),

Janeiro (Boca Migotto)

Grito (Luis Alberto Cassol)

13/11 – Quinta-feira:

15h – Mesa: Políticas públicas para o cinema gaúcho e latino-americano – Mediação: Pedro Guindani. (Theatro Esperança)
16h – Mesa: A importância das Film Commissions – Film Commission Santa Cruz do Sul, Film Commission Missões, Pelotas Film Commission (Theatro Esperança)
17h – Mesa: Cultura e formação (UFPel, Unipampa, Oficine) com Cintia Langie UFPel – Gleise Oliveira UNIPAMPA – Raquel Ferreira OFCINE – (Theatro Esperança)
19h30 – Mostra Regional e Mostra Latino-Americana

Posso contar nos dedos, de Victória Kaminski

Aconteceu a luz da lua, de Crystom Afronário

2 Batuqueiros, de Claudinho Pereira

Mãe, de João Monteiro

Mira, de Júlia Rizzo

Jeguatá-Xerê, de Alan Alves-Brito e Ana Moura

Ireal, de Sérgio García

Da aldeia à universidade, de Leandro de Alcântara

Bijupirá, de Eduardo Boccaletti

14/11 – Sexta-feira
13h – Debate com realizadores (Theatro Esperança)
14h – Mesa: Cinema e Crítica com Roberto Cotta (UFPel) Chico Izidro (ACCIRS) – (Theatro Esperança)
15h – Palestra: Os desafios da inclusão no cinema com Kaya Rodrigues – (Theatro Esperança)

16h – Oficina itinerante Territórios Negros de Jaguarão com Caiuá Al alam
19h30 – Mostra Regional e Mostra Latino-Americana

Último Dia, de Felipe Toledo

Entre Aulas, de Marizele Garcia

Retomando Raízes, de Andressa Paiva

Gambá, de Maciel Fischer

Planeta Fome, de Édier William

las Islas Adentro, de Alexis Nicolas

Sítio dos Vagalumes, de Eduardo Piotroski

Girassóis, de Miguel Chaves e Jessica Linhares

15/11 – Sábado
11h – Debate com realizadores
14h – City Tour: Museu Carlos Barbosa, Rua das Portas e Orla
20h – Encerramento e Premiação + Recital A fronteira de Schlee (Martin César, Leonardo Oxley, Laura Correa e Igo Santos) (Theatro Esperança)
23h – Confraternização – Baile da Jaguara – Show com Vicente Botti (Tu Casa)